segunda-feira, 23 de junho de 2008

A efemeridade em pauta no Museu de Arte Moderna

André Pernambuco
Clemens Krauss chega ao Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e apresenta a mais completa de suas instalações temporárias. Através do projeto “Aufwand/Display”, desenvolvido pelo próprio artista, Clemens irá produzir, durante cerca de 3 semanas, uma pintura sob uma superfície de 8x30 metros.


A pintura instalativa “Aufwand/Display” existirá somente pelo período de duração da exposição e justamente este caráter efêmero da pintura muralista vem a ser essencial para este projeto. Clemens Krauss utilizará aproximadamente 100 kg de pura tinta a oleo para execução da obra. A disposição da pintura seguida por sua complexidade e apresentação, compostos pela produção e função da obra em si serão envolvidos em um discurso mútuo. O projeto é uma análise crítica desta pintura complexa composta por seus protagonistas, os contextos diversos e a obra sendo concebida diariamente. Clemens Krauss representa e simula atitudes e caracteres apropriados da mídia cotidiana. A natureza assimétrica da obra emerge pela própria expressão do trabalho – de forma metafórica pela injustiça social representada pelo “desperdício” que a obra implica tanto pelo material quanto pelo espaço ocupado. Ao mesmo tempo “Aufwand/Display” se nega a reforçar o gesto moral e também afirmações de caráter social e político. Esta obra tem a função de ativar argumentos intelectuais com condições pré-estabelecidas se tornando uma plataforma de disposição social e política do “zeitgeist” atual.


Ao invés de pleitear o interesse subjetivo de indivíduos, este projeto acentua uma simples fisicalidade – a reduçãao da escala do corpo humano como um símbolo de desintegração comparado à vasta escala do Brasil, devido à disposição demográfica desigual de sua população. Esta idéia é representada nesta pintura muralista, a qual ocupa intencionalmente somente uma pequena parte de toda superfície.

Entre o dia 3 de junho e o dia da abertura, o artista estará no MAM trabalhando na confecção da obra. As pessoas que visitarem o museu durante esse período poderão acompanhar pessoalmente todo esse processo.

sábado, 21 de junho de 2008

Todas as histórias que um guarda-roupas puder contar...

Aline Malafaia

A última edição do Fashion Rio, Primavera-verão 2009, trouxe um espaço novo, o Fashion Container, onde os estilistas fizeram instalações de arte utilizando como tema os diversos assuntos que permeiam a moda: o processo de criação de uma coleção, a importância de um figurino para um espetáculo, ou ainda a pura exibição das peças e materiais. Essa tendência – vivida, não ditada pela moda – , de se aproximar da arte, mostra que uma peça do vestuário tem muitas revelações a fazer.

A exposição, “Mulheres Reais”, em cartaz na Casa França-Brasil até o dia seis de julho, comprova essa atribuição Através da indumentária, ela conta como era o Rio de Janeiro de Dom João VI: as transformações que a colônia sofreu com a chegada da família real, as relações de poder e hierarquias expressas nas roupas, e, finalmente, como as mulheres se integravam e quais papéis exerciam na sociedade da época.


Os costumes e tradições daquele momento também estão retratados nessa narrativa, que flerta com o idioma: “Ao abrigar dois sentidos do adjetivo real – realeza e realidade –, a língua portuguesa nos ajuda a traçar uma via de mão dupla entre uma e outra. Devolvemos às nossas mulheres da realeza o sentido a condição de mulheres reais, e às mulheres da realidade, conferimos a realeza que lhes é devida”. As palavras das curadoras Emilia Duncan e Cláudia Fares, no texto de abertura, preparam o visitante para entender o que ele verá a seguir.

A primeira sala apresenta vestidos criados com uma livre inspiração no universo de cada rainha européia, D. Maria, D. Carlota Joaquina e D. Leopoldina, apresentando vestidos com elementos inusitados e resultados surpreendentes, que se transformaram em verdadeiras peças de arte. As legendas estão impressas em tecidos, como todos os textos da mostra, e penduradas em cabides.

Outros “figurinos” ao longo das salas são inspirados em pinturas, principalmente as aquarelas de Debret. O espectador pode conhecer ainda as mudanças de comportamento provocadas pela chegada da corte, a maneira como as mulheres da colônia passaram a imitar as da metrópole, a maneira de vestir das mulheres negras, com sua ancestralidade africana explícita em tecidos, amarrações, formas e acessórios, todos muito adaptados ao trabalho.

Além dessas, muitas outras surpresas fazem parte dessa exposição, que termina com um desfile de peças de estilistas modernos e heranças da realeza até hoje encontradas no carnaval.
"MULHERES REAIS"
Modas e Modos no Rio de D. João VI
Rua Visconde de Itaboraí, 78 - Centro - Rio de Janeiro
Até 6 de Julho










sexta-feira, 20 de junho de 2008

Conheça o BondeSom!

Larissa Helena

Fim de semestre chegando... e pra aliviar a tensão, aqui vai mais uma dica de show!

Na sexta-feira, dia 27 de junho, tem o lançamento do CD do BondeSom, uma banda que está conquistando os jovens cariocas com um tipo de música dançante e animada, que está atraindo cada vez mais público.

O BondeSom surgiu há 5 anos como uma banda de faculdade e, já então, começou a agradar. Desde então passou por muitas mudanças, e hoje apenas 3 dos 6 integrantes estão lá desde o início.

Entre esses novos integrantes, está o tecladista Lucas Reis, que nos conta como entrou no Bonde: "Em 2005, um dos guitarristas foi passar o ano fora, e me chamou pra entrar no lugar dele... na verdade eu que pedi na cara de pau (risos)! Eu adorava a banda, e não perdi a oportunidade de dar uma de entrão..."

Lucas é o de smoking, à direita!

Com essa intrusão, Lucas está lá até hoje, e comenta como um novo integrante muda o produto final: "Cada um que entra é uma influência, uma pegada diferente... por exemplo, antes de eu entrar eram dois guitarristas. Quando eu entrei, que ficou uma guitarra e um teclado, o som mudou bastante! Tem gente que diz que ficou um pouco mais jazz, não sei ao certo... mas que mudou mudou!"

Jazz, samba, rock e salsa se confundem nas descrições do BondeSom. Pra o tecladista, na verdade, não é nada disso: o Bonde tem um som novo, diferente. "É claro que a gente se baseia nesses gêneros, mas o que sai no final não pode ser chamado de um gênero propriamente dito"

Uma coisa é certa, esse som que não é um gênero propriamente dito está fazendo sucesso. Além de músicas próprias, o Bonde também toca algumas já conhecidas: "No Quereres do Caetano Veloso, a gente faz uma versão maracatu. E o pessoal tem gostado também da versão das músicas do Mario Bros!" - conta Lucas.

O lançamento do CD da banda promete um show com cara de baile, pra ouvir, mas também pra dançar bastante! "O melhor do Bonde vai estar lá: música pra se dançar juntinho, separado ou ficar sentado ouvindo mesmo! Estamos preparando umas coisas diferentes também, que não fazemos todo show" - comenta Lucas, já avisando que não pode contar porque é surpresa!

Pra saber o que vai rolar, só indo no show mesmo: Sexta dia 27 de Junho, no Circo Voador!

O ingresso custa 15 reais e o cd custa 5.

Quer saber mais?

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Livros na sua caixa de entrada

Aline Malafaia

Se o futuro das mídias impressas está na internet, então ele já chegou. Para quem gosta de ler, a dica dessa semana do Cultura Digital é o site leituradiaria.com. Vale experimentar.

Por enquanto, quase 200 títulos, com o conteúdo integral, fazem parte do acervo do site e são disponibilizados gratuitamente. Para usar o serviço, basta entrar na página, se cadastrar e escolher um dos livros para começar. A busca pode ser feita pelo nome, autor ou gênero da obra.

O mais divertido é que trechos da obra são enviados diariamente para a conta de e-mail que o usuário informar. Há opções para todas as agendas. Depois de escolher a obra, o leitor-virtual seleciona a dinâmica de envio que mais se adapta ao seu tempo: quantas vezes por semana quer receber as doses de leitura delivery, em que hora do dia e, de acordo com quanto tempo ele informar que pode ler, o site calcula o tamanho do trecho a ser enviado.

Nessa página, o internauta também pode indicar o livro para algum amigo, deixar um comentário sobre a obra e escolher a formatação, além de conferir a previsão de quando a leitura será concluída. Opções menos cotadas, os livros podem ainda ser enviados via wap e rss 2.0.

Os trechos chegam numerados, assim, se por acaso algum deles não for recebido, é possível solicita-lo novamente.

Para os fãs de romances há mais variedade, são 100 títulos no acervo. Os livros contos ficam com o segundo lugar, e os de filosofia com o terceiro. Nietzsche e Machado de Assis estão entre os autores. Com essa gama de opções e sem gastar nenhum tostão, até para os viciados em internet, não há mais desculpa para não ler. A dica é salvar o endereço da página direto na sua lista de favoritos.


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Maré no Rio

Larissa Helena
A cantora Adriana Calcanhotto estará no Rio de Janeiro de 27 a 29 de junho, na turnê Maré.

Este é o oitavo disco da carreira da cantora, e está fazendo sucesso por todo o mundo: a turnê já passou por São Paulo e Buenos Aires, a ainda vai para Miami e Lisboa no final do ano.

Este é o segundo disco de uma trilogia que tem como tema o mar. O primeiro foi Marítimo, em 1988. Adriana afirma que não sabe quando sairá o terceiro.

Adriana promete visitar mais 13 cidades brasileiras, só até o fim de 2008. "Pelo que tudo indica, a turnê via continuar no ano que vem" - afirma Luiz Mena, assessor de imprensa do Canecão.
A expectativa para o show no Rio é de um público composto de pessoas de todas as idades, já que tanto jovens quanto pessoas mais velhas gostam das músicas de Adriana.
Entre os integrantes da banda que acompanha a cantora pelo mundo, o destaque é Bruno Medina, que era o tecladista da banda Los Hermanos.
A cantora afirmou que, nos shows, vai tentar não apenas trazer as músicas inéditas, presentes no novo cd, mas também trazer sucessos mais antigos, como Vambora e Mais Feliz.

O Show de Maré será no Canecão, sexta e sábado às 22h e domingo às 20h30. E tem preços pra todos os gostos: variando de 20 a 240 reais.

Mais do Mesmo:

Esquadros - Ao vivo
Mais Feliz – Ao vivo
Vambora – Ao vivo

segunda-feira, 9 de junho de 2008

FLIP

Larissa Helena
Não, não é uma onomatopéia dos antigos desenhos do Batman.

FLIP é a sigla para Festa Literária Internacional de Parati, que acontece de 2 a 6 de junho esse ano. Isso mesmo: internacional e Parati, na mesma frase! Bom pra gente, não?

É que essa festa, que acontece desde 2003, virou um das mais importantes eventos de literatura do mundo, e o maior evento turístico de Parati também. Ano passado, foram cerca de 10 mil turistas na cidade. Por isso, se você pensa em ir, é bom já ir reservando seu ingresso - já que, apesar dos preços bem salgados, a maioria dos hotéis lota.

A professora de Literatura Brasileira Adriana Maruzzi, da USP vem todo ano para o Rio de Janeiro só para participar do evento: "A FLIP é muito legal porque é uma oportunidade de estar perto de quem faz a literatura hoje em dia. E a gente acaba conhecendo colegas de profissão de vários estados, que vêm pro Rio só por causa disso." - conta.

A FLIP é famosa por atrair diversos famosos, escritores ou não. Chico Buarque, por exemplo, apareceu por lá na última edição, em 2007.

Uma das presenças mais ilustres a visitar a festa foi o aclamado historiador Eric Hobsbawm, autor de livros como "A era do Capital" e "Era dos Extremos", muito utilizados no ensino médio e na faculdade, e lidos por todo amante de história.
Esse ano não vai ficar pra trás: o escritor e jornalista Modesto Carone marca presença como um dos grandes nomes brasileiros a participar.

Mas a novidade deste ano vai ser mesmo a vinda do escritor Neil Gaiman, autor das novelas gráficas Sandman e Morte, de livros infantis, de scripts de cinema (como Beowulf) e de vários livros fantásticos para adultos. A presença do escritor promete atrair um número muito maior de jovens do que nas outras edições da festa.
Falar em jovens, não dá pra deixar de falar da Flipinha, que é um evento paralelo que ocorre junto com a festa, mas voltado para o público infanto-juvenil. Além de atividades para crianças e adolescentes, vários escritores estarão presentes, mas não é coisa de criança não: "Acho interessante para os adultos estar em contato com autores de livros infantis, e voltar a pensar nesse universo mágico que atraía tanto a gente há algum tempo. A parte infanto-juvenil vale pra pessoas de todas as idades!" - comenta Adriana.

Bem, fica a dica para quem tiver um tempinho nas férias.

Para mais informações, dê uma olhadinha no site da FLIP

Mais do mesmo:

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Oi Futuro apresenta "ENCONTRO/DESENCONTRO", de Ivens Machado

André Pernambuco
O Oi Futuro recebe a partir do dia 4 de junho a exposição “ENCONTRO/DESENCONTRO“, reunindo obras inéditas do artista visual Ivens Machado. Artista consagrado na história da arte brasileira e autor de obras singulares, Ivens possui vasto currículo nacional e internacional, tendo participado de várias versões da Bienal de Paris, da Bienal de São Paulo, e mais recentemente da Bienal do Mercosul, além de mostras individuais e coletivas em diversos países do mundo.

Além do material novo, a mostra traz vídeos realizados pelo artista durante os anos 70. Essas obras foram restaurados nos Estados Unidos especialmente para exposição. Sob a curadoria de Alberto Saraiva, "Encontro/Desencontro” apresenta, além dos trabalhos antigos de Ivens, um conjunto de vídeo-instalações realizadas com um novo tipo de linguagem, caracterizada pelo artista como “motivadora” e ao mesmo tempo “assustadora”. As video instalações serão as principais obras da exposição. A mostra é uma retomada para o artista, um dos precursores da vídeo arte no Brasil.
“De 74 a 76, eu produzi muito material. Mas comecei a me assustar com os rumos que os vídeos estavam tomando e com as possibilidades tecnológicas que fugiam de o que eu pretendia com os filmes. Eu também já tinha um trabalho como escultor e acabei indo para esse lado. Comecei a expor no exterior e minha carreira de vídeo artista parou por aí”, lembra Ivens.


Com uma carreira consolidada e consagrada como desenhista e escultor, o artista foi procurado pelo curador de Artes Visuais do Oi Futuro, Alberto Saraiva, para expor no espaço. “Em 2006, o Alberto, que conhecia o meu trabalho da década de 70, me procurou. Ele queria exibir os meus trabalhos antigos e me sugeriu produzir coisas novas. No ano seguinte, durante um projeto em Florianópolis, produzi, depois de 30 anos, ‘APERTANDO SILVANA’. A partir dele, resolvi retornar à videoarte”, explica Ivens.

A video arte “ENCONTRO/DESENCONTRO“, que dá nome à exposição, é também a mais longa das obras inéditas, todas com direção de Samir Abujamra e Ivens Machado, e será exibida numa tela no quarto nível. “Os pedaços se juntam, dançam e fazem movimentos”, define Ivens Machado sobre o vídeo que apresenta uma sinfonia de movimentações de braços e pernas.

Uma das obras que promete chamar a atenção do público é ”PERSEGUIÇÃO”. No exterior do elevador, um projetor exibirá imagens de uma perseguição realizada por quatro homens atrás de uma mulher, representada pela atriz Karla Dalvi. O filme é exibido na forma vertical e em preto e branco. As gravações foram feitas no Parque das Ruínas, no Rio de Janeiro. A obra é apresentada em flashes e o ritmo, que começa lento, vai aumentando até demonstrar a agressividade e velocidade características de uma perseguição. Além das obras inéditas, serão apresentados no quinto nível, os vídeos documentais “Slavemaster/Slave”, de 1974; “Versus”, 1974; “Dissolution”, 1974, todos restaurados.

A exposição tem entrada franca e ficará exposta no Oi Futuro de 4 de junho a 3 de agosto no térreo e nos quarto e quinto níveis.
Oi FuturoRua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo(21) 3131-3060 De terça a domingo, das 11h às 20h.Classificação etária 18 anos

Oi Futuro

Entre mangás, adagas e kimonos: tudo sobre a cultura japonesa

Aline Malafaia

Em 1908, o primeiro navio japonês atracou no porto de Santos. No “Kasato-Maru” chegaram imigrantes que fugiam da pobreza do Japão, provocada pela mecanização dos processos produtivos no campo e pela explosão demográfica. Eles traziam na bagagem uma cultura completamente diferente da “tropicália” brasileira.

Hoje o Brasil comemora o centenário da imigração japonesa com uma programação cultural extensa. Entre eventos formais e mostras de arte, os quase 1,5 milhão de japoneses e descendentes que vivem no Brasil, a maior comunidade nipônica no exterior, mostram que esse tempo foi suficiente não só para a inclusão desse povo, que chegou aqui estranhando os costumes, o clima e até a comida, mas para a criação de uma nova cultura, a nipo-brasileira, composta pelas três gerações de descendentes que já existem aqui: os nisseis (filhos de japoneses), os sanseis (netos) e os yonseis (bisnetos).


A Agenda Cultural desta semana traz as principais opções do Rio de Janeiro para quem quer conhecer mais dessa cultura que não é feita só de desenhos e artes marciais:

- O Centro Cultural do Banco do Brasil abriga Nippon – A essência da cultura Japonesa, até 13 de julho. Na primeira sala, uma linha do tempo contextualiza o visitante sobre o que aconteceu no Brasil, no Japão e na Europa desde a pré-história até hoje. Em seguida, o espectador pode conhecer as diversas faces da cultura japonesa:
O chadô, a Cerimônia do Chá, ganhou uma sala especial, e aos sábados gueixas fazem todo o ritual diante dos olhos dos visitantes.
O Kadô, a técnica dos arranjos florais, ganhou uma sala que deslumbra pela beleza.
Na sala do shodô, caligrafia japonesa transforamda em arte, os famosos versos da Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, estão escritos pelas letras japonesas.
O caminho marcial, chamado de Budô, as roupas típicas, obras de artistas renomados e fotografias também fazem parte da exposição, que começa na rotunda do centro cultural, com origamis e pipas pendentes do teto e um painel com foto-montagens modernas.

Há oficinas para quem quiser aprender a famosa técnica japonesa de modelar papel.
A programação da oficina de origami e das mostras de cinema, música e anime podem ser conferidas no site do CCBB.


- De 11 de Junho a 27 de Julho no Museu Histórico Nacional, “O Espírito do Budô” estará em cartaz, mostrando peças que revelam o ideal do samurai. Poderão ser vistas espadas, armaduras, flechas e lanças de guerreiros samurais.

- Em 23 e 24 de junho, a Orquestra Petrobrás Sinfônica será regida no Theatro Municipal pelo maestro japonês Nobuaki Nakata e terá um solo da pianista também japonesa, Midori Maeshiro. No programa, obras do maestro Toru Takemitsu e Tom Jobim, fazendo um intercâmbio também na musicalidade dos dois países.

- O tradicional Festival de Pipas japonesas será promovido no dia 24 de junho, na Praia de Copacabana. Seis pipas de mais de três metros serão empinadas reproduzindo o evento da cidade de Hamamatsu.


- A Marina da Glória vai receber a Rio Nikkei Expo, entre 26 e 29 de junho. Nela serão mostradas as técnicas agrícolas e os costumes que os imigrantes das colônias de Santa Cruz, no Rio de Janeiro e Papucaia, em Cachoeiras de Macacu preservam até hoje. Além das técnicas que revolucionaram a Zona Rural brasileira há cem anos, também farão parte do evento um mini-museu da imigração e mostras de gastronomia, artes marciais e danças típicas.

- A dança contemporânea japonesa também tem espaço nas comemorações do centenário da imigração. No dia 27 de agosto, o Teatro João Caetano vai ser palco para a bailarina Miyako Kayato e sua companhia de dança. O espetáculo terá a particiapção de bailarinos brasileiros.


Outros detalhes:
Programação

Aos 66 anos, o ator holiwoodiano Herison Ford dá vida a um de seus personagens mais famosos



Em 2008 o ator Harison Ford vive mais uma empreitada, para a alegria das "meninas". Aos 66 anos, o ator deu vida a um de seus personagens mais famosos da telona, o arqueólogo Indiana Jones.
Nesse quarto filme da série, Ford teve uma maratona de preparação: musculação, corridas e treinamentos particulares de luta. Isso tudo para não precisar se ausentar das filmagens por conta de lesões, como nos outros 3 primeiros da série, evitando o uso de dublê. Sim, 90% das cenas de ação é feita pelo próprio Ford.

Sua estréia mundial aconteceu cercada de mistério por parte dos estúdios, no Festival de Cannes e causou frison. O longa repete mais uma vez a parceria entre os diretores Steven Spielberg e George Lucas, que também é responsável pela concepção e pela produção do longa. O filme teve um orçamento astronômico: custou a simples bagatela de US$ 185 milhões, segundo o jornal "Los Angeles Times". Os três primeiros episódios da série arremataram sete Oscars e arrecadaram cerca de US$ 1,2 bilhão de dólares ao redor do mundo.

Esse novo episódio se passa em 1957, 19 anos após a primeira trama de "Indiana Jones e a Última Cruzada", de 1989, com um Dr. Jones já beirando os 60 anos - uma decisão razoável, já que o ator completa 66 anos em julho desse ano.

A passagem do tempo na história necessita uma repaginada nos vilões: saem de cena os nazistas e entram os soviéticos, liderados pela personagem da atriz Cate Blanchett, que viveu sua primeira vilã, enviada para obrigar Jones a encontrar um lendário objeto perdido na Amazônia peruana, que permitirá a vitória soviética na Guerra Fria. Nessa versão, o arqueólogo também ganha um pupilo, feito pelo ator Mutt Williams. A maior surpresa é o maravilhoso retorno da paixão de Jones: Marion Ravenwood, personagem do primeiro filme da série "Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida", de 1981, vivida pela atriz Karen Allen. Embora o filmes mostre cenas da nossa floresta, como as Cataratas do Inguaçú, ele foi todo feito em um mega estúdio na califórnia.
Repleto de ações, "Indiana Jones e o reino da Caveira de Cristal" é pura sessão nostálgica para aqueles que já passaram dos 30 anos de idade.
Quer


Assista ao trailler do filme.

Literatura na internet

Larissa Helena
A internet tem ampliado seus domínios com uma velocidade que o ser humano é incapaz de acompanhar.A cada dia surgem milhares de novos sites. Acompanhando essa onda estão os blogs: é impossível calcular a quantidade deles. A cada momento surgem novos textos, novos endereços, novos usuários compartilhando seus escritos com a web.

E tem blog de tudo quanto é tipo: fofoca, matemática, sexo, moda... Mas hoje o tema vai ser mais específico: o blog literário.

Se você for na livraria, vai se impressionar com a quantidade de novos escritores pelas prateleiras...e provavelmente não vai conhecer nem metade: as editoras vivem lotadas de novos projetos de jovens que gostam de escrever, e se torna cada vez mais difícil se destacar nesse mercado.

Frente a essas dificuldades, os escritores vêem uma saída muito simples: publicar na internet.

Aqui, vamos dar apenas alguns exemplos desse vasto mundo dos blogs de literatura.

O blog Jardim Suspenso existe há 2 anos e acabou conquistando leitores e colaboradores fixos. O criador do blog, que escreve como Pássaro sem patas, explica por que resolveu expôr o que escrevia na internet: " Porque escrevia só para mim e queria que as pessoas olhassem os textos ai resolvi expor no Jardim".

Hoje em dia, o Jardim tem 8 pessoas escrevendo, umas com mais, outras com menos frequência. E aí surge nossa outra questão: por que chamar outras pessoas para escrever? "Porque eu achei que as pessoas talvez passassem pelas mesmas questões que eu. E deste modo posso juntar amigos e novos escritores" - afirma Pássaro.

Ivson Souza, outro colaborador do blog, explica por que começou a escrever: "era uma forma de dar voz a minha angústia. Pra mim o processo de escrever é similar a vomitar, uma hora você simplesmente precisa botar pra fora e no blog posso colocar e tirar o que bem entender ao meu bel-prazer"

Cada um tem uma motivação diferente para expôr seus textos na web. Mas a maioria considera mais fácil escrever no blog do que publicar um livro: "eu não tenho dinheiro pra publicar um livro e não sei se teria o compromisso" - comenta Ivson.

Roberta Pio, estudante de jornalismo, escreve há dois anos e meio no Sete anos de Azar e afirma que maioria das pessoas elogia o blog, mas que ainda não pensa em publicar um livro: "Dá trabalho e acho que ainda estou muito crua. O blog é uma maneira de treinar."- conta.

E os blogs ainda oferecem uma cosia que os livros não têm: pelos comentários, quem postou fica sabendo logo se gostaram ou não do texto. Ivson afirma que isso deixa uma certa expectativa: "a gente espera que pelo menos as pessoas queridas leiam. Quem escreve quer ser entendido, não tenho dúvidas. Pra mim, lá no fundo, é tudo autobiográfico."

Mas existem também as pessoas que não gostam de expor seu blog para ninguém, como é o caso de uma jovem que não quis se identificar (nem ceder o endereço do seu blog): "Eu não mostro meu blog pra ninguém. Só guardo pro caso de ter problema no computador. Eu quero ter tudo em algum lugar".

Para os leitores, o motivo acaba importando pouco, e o que acaba importando é o vasto material que se encontra internet afora. Vale a pena dar uma olhada nos blogs e achar os talentos que mostram a cara na web. E nessa viagem, você vai acabar encontrando blogs de marmanjos escritores, tipo o Millôr; e de novatos que ainda estão abrindo o caminho no mundo da literatura.

E confira também:

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Wii fit: videogame e exercício (ao mesmo tempo!)

Larissa Helena

Pra quem já se impressionava com o console Wii, da Nintendo, chegou uma novidade ainda mais legal. Pra acabar com aquela má-fama de que videogames criam crianças sedentárias e deixam adultos viciados em apertar botões, um dos consoles mais famosos do mundo lançou um game de "academia".

O Nintendo Wii tem controles sem fio, que permitem que o jogador se movimente mais, além disso, tudo funciona com um sensor de movimento (que fica em cima da tv), que reconhece as ações de quem está jogando e as reproduz na tela. Ângela Neves, Psicóloga Social, especialista em Interações humanas com ambientes virtuais, elogia: “Pela primeira vez conseguiram quebrar a idéia de que videogame é só pra quem tem habilidade em apertar rápida e repetidamente os botões”.

Mas a novidade não pára por aí. Foi lançado no mês de maio nos Estados Unidos, o jogo Wii Fit. Ele vem com uma Balance Board (ainda sem nome no Brasil, mas poderia ser traduzido por algo como Placa de Equilíbrio). Essa placa é sensível a pressão e movimentos, e vai dizer se ele está executando tudo certo. Dá pra ver melhor como ela funciona no trailer do jogo.

O Wii Fit foi desenvolvido pelo japonês Shigeru Miyamoto, um grande nome entre os desenvolvedores de jogos, e já está disponível no Japão desde dezembro do ano passado. Na Europa, estará disponível ainda neste ano. O game chega no Brasil dia 30 desse mês, mas já tem muito brasileiro tentando comprar logo, lá nos EUA mesmo.


O objetivo do Wii Fit é fazer com que toda a família se exercite junta. Mas a influência no público é muito mais promissora: talvez aquela idéia de que videogame é coisa de gente preguiçosa esteja com os dias contados.
Mas será que quem gosta de videogame vai começar a malhar por causa disso? “Acho que o jogo vai conseguir, no mínimo, que os jogadores tentem se adaptar a ele, seja com os macetes de sempre ou com o esforço suficiente para serem bons. Daí a começar a malhar vai vir do incômodo e conscientização de cada um, além, claro, da força de vontade.” – afirma Ângela.

Yoga, atividades aeróbicas, alongamento, musculação... tudo no videogame. Do jeito que eles mostram no trailer, dá até vontade de largar a academia pra ir brincar no videogame. Mas calma, amantes de academia, isso não vai acontecer: “Não acredito na hipótese de que as pessoas parem de ir na academia, já que quem freqüenta não se livra tão fácil deste hábito, que ganha até caráter social."

Também quer se exercitar?




A Noviça em um teatro que também já foi rebelde

Aline Malafaia
Duas estréias simultâneas prometem ser um marco no cenário cultural carioca este ano: a reabertura do Teatro Casagrande com o musical “A Noviça Rebelde”.

O Teatro Oi Casagrande, como passou a ser chamado depois da reforma que o reabriu, foi um espaço importante para a cultura carioca, não só por ter abrigado peças renomeadas, mas por ter sido palco para reuniões de estudantes e militantes, que durante a ditadura militar discutiam assuntos ligados à política e à história, o que o fez ser conhecido como “o palco da democracia”. Foi nesse espaço que aconteceu a primeira campanha pelas diretas já e vários movimentos pelo fim da censura. Em 1997 sofreu um incêndio, e há 4 anos estava com as portas fechadas para as obras.

O Casagrande recebe agora com festa a super produção do musical da Broadway “A Noviça Rebelde” (The sound of Music), do ano de 1959, que já rodou o mundo em diferentes montagens, e chega ao Rio com direção de Charles Möeller, para a versão de Cláudio Botelho.

O elenco é formado por 44 atores-cantores que interpretam 31 personagens. A noviça Maria Rainer é vivida por Kiara Sasso, atriz com especialização em musicais nos Estados Unidos. O Capitão Georg Von Trapp é vivido por Herson Capri. Três elencos infantis, escolhidos entre os mais de 500 inscritos para os testes, se revezam para dar vida aos sete filhos do Capitão, que viúvo, não conseguia acertar uma babá sequer que pudesse dar conta das crianças, até a chegada de Maria, uma noviça que não conseguia se adaptar às rígidas normas do convento. Tudo isso no contexto da ecolsão da Segunda Guerra Mundial. A peça é baseada na história real dos Von Trapp, escrita pela Maria e publicada em 1949.


A produção do musical está entre as mais sofisticadas. Os 11 cenários de Rogério Falcão sobem, descem, entram em cena pelas laterais ou mesmo por baixo. As passagens de ambiente acontecem de forma lúdica diante dos olhos dos espectadores, que quase não as percebem. A luz de Paulo César Medeiros, o som de Marcelo Claret e os figurinos de Rita Murtinho não ficam atrás. A coreografia é de Dalal Achcar. A obra original é da dupla Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II. Essa montagem mostra a qualidade dos profissionais de teatro brasileiros.


O teatro Oi Casa Grande fica na rua Afrânio de Melo Franco, 290. O teatro tem 950 lugares.
O valor dos ingressos varia entre R$ 60,00 e R$ 180,00


- Dias e horários:
Quarta, quinta e sexta: 20h30
Sábado: 16h e 20h
Domingo: 16h


segunda-feira, 19 de maio de 2008

Harison Ford encara aos 66 anos mais um desafio. Indiana Jones e o reino da caverna de cristal teve estréia mundial no festival de Cannes, na França.

Joss Stone no Brasil

Larissa Helena

Se você gosta de música, não pode perder o show da Joss Stone, no Vivo Rio dia 13 de junho.

A inglesa começou sua carreira aos 16 anos e surpreendeu todo mundo cantando soul com um vozeirão. De repente, só dava ela nas paradas musicais.

De cabelos cacheados (e meio roxos) no começo, ficou loira mais tarde, e agora está de cabelos pretos e lisos. O visual chamou atenção, mas a garota deixou logo bem claro que queria fazer sucesso com as suas músicas, e não com a sua imagem - uma novidade nos dias de hoje, em que as jovens celebridades parecem correr atrás de um escândalo.

Pois é, sabe-se pouco da vida pessoal de Joss: o que sabemos é que ela tem uma voz poderosíssima, e tem arrasado nas suas turnês. O que talvez explique o preço salgado do show da garota aqui no Rio de Janeiro: o ingresso mais barato custa 190 reais. E mesmo assim, é bom ir se planejando, porque como só serão 3 apresentações no Brasil, os fãs vão correr atrás.


O Vivo Rio fica na Av. Infante Dom Henrique, no parque do Flamengo.


Mais:





As obras de Debret em exposição na Casa França Brasil

Leonardo Luzes



Jean-Baptiste Debret foi um pintor e desenhista francês, nascido em 1768. Ele integrou a Missão Artística Francesa, que fundou em 1816, no Rio de janeiro a Academia de Artes e Ofícios, que mais tarde foi chamada de Academia Imperial de Belas Artes, onde lá lecionou pintura.

O Enegenho

"O Teatro de Debret" é a maior exposição do pintor francês que melhor traduziu o Rio de janeiro. Ela integra a comemoração dos 200 anos da chegada da família real portugues no pais. Nessa exposição, os obras, escolhidas a dedo, foram feitas aqui, durante a estadia do pintor enquanto lecionava pintura na Academia de Belas Artes. Cerca de 511 obras do autor integram essa exposição, sendo 306 aqualeras pertencentes ao museu Castro Maya, cinco pinturas a óleo do acervo da Pinacoteca de São Paulo, do Centro Itaú Cultural, do Museu Imperial de Petrópolis além de coleção particulares. Fazem parte também cerca de 115 litografias do livro "Viagem pitoresca e histórica ao Brasil".

Os refrescos do largo do Palácio

Obras como o quadro "Os refrescos do Largo do Palácio" podem ser apreciadas na Casa França Brasil. O visitante percorre o vão central da Casa França-Brasil, as salas e vãos laterais. A exposição fica em cartaz até o dia 11 de maio, de terça a domingo, das 10 às 20 horas e a entrada é gratuita.
A Casa França Brasil fica na Rua Visconde de Itaboraí, 78. O telefone é 2253-5366

Para maiores informações, acesse o site:

http://www.fcfb.rj.gov.br/

Sobre literatura inglesa...

Aline Malafaia
Pouca gente sabe, mas o principal nome da literatura britânica depois de William Shakespeare nasceu no ano de 1775, em um vilarejo chamado Steventon, em Hampshire. Embora tenha passado toda sua vida na zona rural da Inglaterra, com uma percepção aguçada dos sentimentos, do tempo em que vivia e principalmente da natureza humana, encontrou boas histórias para contar.

Uma autora pouco conhecida, se comparada ao primeiro lugar no ranking da literatura inglesa, teve muitos de seus romances transformados em filmes, entre os mais conhecidos estão “Orgulho e Preconceito”, por Joe Wright em 2005 e “Razão e Sensibilidade”, por Ang Lee, em 1995.

Filha de um pastor anglicano, de uma família com sete irmãos, ela nunca se casou e preferiu viver no isolamento. Jane Austen tratou de temas clássicos da humanidade com um estilo que rompeu as tradições literárias da época, desvendando os segredos ocultos pelas normas de etiqueta e ambições.

A sociedade britânica também não escapou à Jane, que foi audaz nas críticas. Ela tratava as peculiaridades dos “usos e costumes” britânicos de forma sutilmente irônica. Nas entrelinhas da obra da autora, estão análises elaboradas que até hoje mantém a atualidade.


"Muitas vezes perdemos a possibilidade de felicidade de tanto nos preparamos para recebê-la. Por que então não agarra-la toda de uma vez” Jane Austen

Ela escreveu seis livros, dos quais dois foram publicados após a sua morte em 1817 e uma única peça teatral, Sir Charles Grandison, publicada em 1880. Então, dica de “Para ler & aproveitar” do Cultura Digital desta semana, é toda a bibliografia de Jane,

Razão e Sensibilidade, 1811


Orgulho e Preconceito, 1813

Mansfield Park, 1814

Emma, 1816

Abadia de Northanger, 1818
Persuasão, 1818


Leia mais sobre Jane Austen


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segunda-feira, 12 de maio de 2008

Solo de Wolverine nas Telonas

Larissa Helena

O novo filme dos X-men já tem data marcada para estrear no Brasil: Maio de 2009.

É, ainda falta um ano, mas pra você não ficar com muita água na boca, a gente aqui do Cultura Digital vai te dar uma prévia do que está acontecendo nos bastidores da super-produção.

O filme, que era pra ser a continuação dos outros 3 filmes dos heróis, acabou sofrendo uma digamos, pequena, alteração de roteiro: o projeto do 4º filme foi adiado, e o que está sendo produzido agora é um filme só do wolverine.

Wolverine, que se você reparar, está sempre na frente dos outros nas fotos dos filmes do grupo, sempre foi o queridinho dos fãs . As crianças sempre preferiram os jogos em que ele aparecia, e suas revistinhas eram já as mais vendidas.

No filme, não deu outra, o personagem acabou fazendo tanto sucesso, que a Marvel decidiu que vale mais a pena fazer um filme só dele logo. Eduardo Reis, que adora revistas em quadrinhos, tem 23 anos e frequenta lojas de gibis desde os 10: "Quando eu era menor, o Wolverine era o favorito disparado. Acho que quando a gente cresce, o gosto vai mudando, ainda mais pra quem costuma ler muito esse tipo de coisa. Mas acho que pra quem conhece menos não tem jeito, os principais viram os favoritos" - comenta o estudante de direito.


Muita gente adorou essa idéia do filme do Wolverine. Mas Eduardo acha que os fãs mais veteranos não ficaram muito felizes com essa mudança, e explica: "Eu estava mais ansioso pelo quarto filme, que ia ter o Gambit, um personagem que eu to doido pra ver como vai ficar. E também estava querendo ver o Fera e o Anjo de novo, que não fizeram quase nada no outro filme, e o diretor tinha prometido aumentar a participação deles nesse."



Mais?
- Wolverine no IMDB

“Romeu e Julieta” cariocas

Aline Malafaia

Transportar um clássico da literatura internacional para o cenário das favelas cariocas não é uma proposta inédita. Em 1999 o cinema brasileiro viu isso acontecer em “Orfeu”, de Cacá Diegues. O livro “Romeu e Julieta”, de Shakespeare, por sua vez, já teve inúmeras releituras. A mais recente delas está no filme “Maré, nossa história de amor”, um musical de Lúcia Murat.

Nessa história, Montecchios e Capuletos são substituídos por facções rivais de traficantes na favela da Maré, uma das maiores do Rio de Janeiro, com uma população de aproximadamente 114 mil moradores, de acordo com o Censo . A favela atualmente é dividia em duas, e o tráfico de drogas não permite que os moradores de um dos lados mantenham contato com os do outro lado.

No meio da guerra do narcotráfico, Romeu e Julieta são transformados em Analídia (Cristina Lago) e Jhonata (Vinicius D’Black). Ela é filha de Bê, chefe do tráfico de um dos lados da favela, e ele, irmão de criação de Dudu (Babu Santana), que domina o outro lado. Os dois se vêem impedidos de viver sua história de amor, sob as penas que a lei do tráfico impõe.

Os dois se conhecem em na oficina de dança de uma ONG, que fica na área neutra da favela, e tem a direção de Fernanda, uma ex-bailarina engajada em projetos sociais, vivida por Marisa Orth.
Em meio aos conflitos entre os grupos e a polícia, o inusitado fica por conta das cenas em que os jovens cantam e dançam pelas ruelas da favela, com coreografias de Gabriela Figueroa, com colaboração de Sonia Destri. A trilha sonora é composta por músicas de Tim Maia, Marcelo Yuca, Falcão e trechos do clássico “Romeu e Julieta”, tema musical para um balé, de Sergei Prokofiev.


Leia mais:

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Filme gourmet do cinema nacional

Aline Malafaia

O cinema brasileiro já tem muitas produções que mostram as mazelas desse povo: a dura realidade dos presídios, da pobreza, da prostituição, dos vícios e da falta de oportunidades. O recém lançado “Estômago” fala de tudo isso, mas de uma maneira diferente e a maior parte do tempo, muito bem-humorada.


Raimundo Nonato, vivido por João Miguel, é um nordestino que resolve tentar a sorte em uma cidade grande. Antes de se tornar “Nonato Canivete”, Raimundo desembarca de uma ônibus em uma rodoviária, e caminha até chegar em à “birosca” do seu Zulmiro, Zeca Cenovicz, onde seu destino será traçado. Muito atrapalhado para ser um protagonista, ali ele descobre o seu talento para cozinhar, conhece a Iria, Fabíola Nascimento, uma prostituta, por quem se apaixona, e o seu Giovani, Carlo Briani, dono de um restaurante italiano, onde vai trabalhar mais tarde.

Raimundo encanta a todos com os pratos que prepara, e quando parece que finalmente a vida vai sorrir para ele, Nonato é pego de surpresa e tudo vai por água abaixo.

A história inspirada no conto “Presos pelo estômago”, de Lusa Silvestre, é contada em uma trajetória não linear e tem direção de Marcos Jorge. Vale a pena esperar pelo desfecho do filme...

Em cartaz nos cinemas do Shopping Iguatemi, no Unibanco Arteplex e no Kinoplex Leblon.

Clique para saber mais


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segunda-feira, 5 de maio de 2008

Last.fm: tendência musical e social

Larissa Helena

Last.fm é um site de música.

Mas não apenas um site de música. Quase tudo o que você puder imaginar está lá. De músicas evangélicas a death-metal. De punk-rock a música infantil. De poemas narrados a música sertaneja. É um site para todos os gostos e todas as caras. O que talvez explique por que vem fazendo tanto sucesso entre o público jovem.

No Last.fm, é possível procurar músicas pela semelhança entre si. Por exemplo, o internauta digita o nome de uma música que gosta muito: Madonna, por exemplo. Automaticamente, ele toca músicas de artistas semelhantes: Cher, Janet Jackson e Whitney Houston, nesse caso.


O site se intitula como " A revolução social da música". Isto é porque, além dessa facilidade de pesquisar a música pelo gênero, marcadores ou artista, você pode conhecer o perfil musical dos seus amigos, e ver o que eles têm a ver com você.


Para Lara Macieski, de 19 anos, não faz a menor diferença saber o que os outros estão escutando. Então pra quê usar o Last.fm? "Porque quando eu quero ouvir musicas de um estilo eu coloco a tag lá e ele procura pra mim. Eventualmente eu encontro uns muito bons, mas muito bons mesmo. Essa semana, baixei a descografia da Katherine Jenkins, que eu conheci por lá."

Já o sueco Martin Keyes, de 16 anos, um dos moderadores do Last.fm, acha que o mais legal do last.fm são as faixas mais ouvidas. "Às vezes a gente não percebe o quanto escuta certo artista ou quão pouco o escutamos. Mas é claro que também é muito legal a interação com outros usuários, e saber o que os outros acham de certo artista. Outra coisa legal é encontrar músicas que a gente gosta. E as rádios também são muito legais" - se entusiasma o estudante.

Além desse sistema de tags da rádio, o Last. fm indica músicas com base no perfil do usuário. Será que isso funciona? Lara comentou que tem 40% de chance de acerto. E explicou a precisão: " É porque tem muita coisa que bate, mas tem mais ainda que não. Então considero uns 40%".

Antes do Last.fm, existiu um projeto semelhante chamado Pandora. Era chamado de o Projeto Genoma da música. Ele foi proibido em diversos países devido a questões de direitos autorais. E será que vai acontecer o mesmo com o Last.fm?

Martin opina: "Não. Existem, ou pelo menos parecem existir, muitos cuidados com esse tipo de coisa. Eles respeitam os direitos autorais e procuram ter certeza de que os artistas e gravadoras concordam com a maneira como a música está sendo utilizada."

"Um Homem Célebre" de passagem pelo CCBB

Aline Malafaia

Com direção de Pedro Paulo Rangel, texto e composições de Wladimir Pinheiro, o conto
“Um homem célebre”, de Machado de Assis, foi transformado em um musical. A trama gira em torno do Maestro Pestana, Rodrigo Lima, um compositor obcecado por criar uma obra prima da música erudita, mas que tem mesmo talento para o popular, e compõe compulsivamente polcas que fazem sucesso entre o povo de toda a cidade. O Maestro vive toda sua vida tentando negar a habilidade que o envergonha e dividido entre o sublime e a vulgaridade.

A solução de cenário é bem simples: poucos móveis se deslocam mesmo em cena aberta, com a participação dos atores Esther Dias e Luiz Carlos Gomes, que fazem o papel de “contra-regras”, caracterizados como personagens e integrados às cenas. O palco também divide espaço com os músicos e instrumentos. Os detalhes do cenário ficam por conta da iluminação de Aurélio de Simoni.

Os figurinos de Rodrigo Cohen são um pouco mais detalhados e identificam bem os caricatos personagens da obra de um dos autores mais importantes da literatura brasileira. A viúva velha e fofoqueira, encenada por Suely Franco e a sinhazinha assanhada, por Júlia Rabelo, junto com o Criado Tenório, por Audri Anunciação, arrancam boas gargalhadas do público, que mesmo em uma quinta-feira, lotava a sala e aplaudia em cena aberta.

Enquanto o Maestro se descabela por não conseguir compor uma obra a altura de Chopin, o editor Lobato, Marcello Sader, que publica e enriquece com as polcas de Pestana, fica desesperado ao vê-lo buscar uma musa que lhe inspire uma nova arte. Outra viúva, a Maria, Laura Castro, entra em cena para concluir o elenco, e as confusões.


O CCBB fica na Rua Primeiro de Março, 66 – Centro. “Um homem Célebre” está em cartaz no Teatro I – De quarta a domingo, 19h30. Ingressos R$ 10. Meia para estudantes.


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