segunda-feira, 23 de junho de 2008

A efemeridade em pauta no Museu de Arte Moderna

André Pernambuco
Clemens Krauss chega ao Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e apresenta a mais completa de suas instalações temporárias. Através do projeto “Aufwand/Display”, desenvolvido pelo próprio artista, Clemens irá produzir, durante cerca de 3 semanas, uma pintura sob uma superfície de 8x30 metros.


A pintura instalativa “Aufwand/Display” existirá somente pelo período de duração da exposição e justamente este caráter efêmero da pintura muralista vem a ser essencial para este projeto. Clemens Krauss utilizará aproximadamente 100 kg de pura tinta a oleo para execução da obra. A disposição da pintura seguida por sua complexidade e apresentação, compostos pela produção e função da obra em si serão envolvidos em um discurso mútuo. O projeto é uma análise crítica desta pintura complexa composta por seus protagonistas, os contextos diversos e a obra sendo concebida diariamente. Clemens Krauss representa e simula atitudes e caracteres apropriados da mídia cotidiana. A natureza assimétrica da obra emerge pela própria expressão do trabalho – de forma metafórica pela injustiça social representada pelo “desperdício” que a obra implica tanto pelo material quanto pelo espaço ocupado. Ao mesmo tempo “Aufwand/Display” se nega a reforçar o gesto moral e também afirmações de caráter social e político. Esta obra tem a função de ativar argumentos intelectuais com condições pré-estabelecidas se tornando uma plataforma de disposição social e política do “zeitgeist” atual.


Ao invés de pleitear o interesse subjetivo de indivíduos, este projeto acentua uma simples fisicalidade – a reduçãao da escala do corpo humano como um símbolo de desintegração comparado à vasta escala do Brasil, devido à disposição demográfica desigual de sua população. Esta idéia é representada nesta pintura muralista, a qual ocupa intencionalmente somente uma pequena parte de toda superfície.

Entre o dia 3 de junho e o dia da abertura, o artista estará no MAM trabalhando na confecção da obra. As pessoas que visitarem o museu durante esse período poderão acompanhar pessoalmente todo esse processo.

sábado, 21 de junho de 2008

Todas as histórias que um guarda-roupas puder contar...

Aline Malafaia

A última edição do Fashion Rio, Primavera-verão 2009, trouxe um espaço novo, o Fashion Container, onde os estilistas fizeram instalações de arte utilizando como tema os diversos assuntos que permeiam a moda: o processo de criação de uma coleção, a importância de um figurino para um espetáculo, ou ainda a pura exibição das peças e materiais. Essa tendência – vivida, não ditada pela moda – , de se aproximar da arte, mostra que uma peça do vestuário tem muitas revelações a fazer.

A exposição, “Mulheres Reais”, em cartaz na Casa França-Brasil até o dia seis de julho, comprova essa atribuição Através da indumentária, ela conta como era o Rio de Janeiro de Dom João VI: as transformações que a colônia sofreu com a chegada da família real, as relações de poder e hierarquias expressas nas roupas, e, finalmente, como as mulheres se integravam e quais papéis exerciam na sociedade da época.


Os costumes e tradições daquele momento também estão retratados nessa narrativa, que flerta com o idioma: “Ao abrigar dois sentidos do adjetivo real – realeza e realidade –, a língua portuguesa nos ajuda a traçar uma via de mão dupla entre uma e outra. Devolvemos às nossas mulheres da realeza o sentido a condição de mulheres reais, e às mulheres da realidade, conferimos a realeza que lhes é devida”. As palavras das curadoras Emilia Duncan e Cláudia Fares, no texto de abertura, preparam o visitante para entender o que ele verá a seguir.

A primeira sala apresenta vestidos criados com uma livre inspiração no universo de cada rainha européia, D. Maria, D. Carlota Joaquina e D. Leopoldina, apresentando vestidos com elementos inusitados e resultados surpreendentes, que se transformaram em verdadeiras peças de arte. As legendas estão impressas em tecidos, como todos os textos da mostra, e penduradas em cabides.

Outros “figurinos” ao longo das salas são inspirados em pinturas, principalmente as aquarelas de Debret. O espectador pode conhecer ainda as mudanças de comportamento provocadas pela chegada da corte, a maneira como as mulheres da colônia passaram a imitar as da metrópole, a maneira de vestir das mulheres negras, com sua ancestralidade africana explícita em tecidos, amarrações, formas e acessórios, todos muito adaptados ao trabalho.

Além dessas, muitas outras surpresas fazem parte dessa exposição, que termina com um desfile de peças de estilistas modernos e heranças da realeza até hoje encontradas no carnaval.
"MULHERES REAIS"
Modas e Modos no Rio de D. João VI
Rua Visconde de Itaboraí, 78 - Centro - Rio de Janeiro
Até 6 de Julho










sexta-feira, 20 de junho de 2008

Conheça o BondeSom!

Larissa Helena

Fim de semestre chegando... e pra aliviar a tensão, aqui vai mais uma dica de show!

Na sexta-feira, dia 27 de junho, tem o lançamento do CD do BondeSom, uma banda que está conquistando os jovens cariocas com um tipo de música dançante e animada, que está atraindo cada vez mais público.

O BondeSom surgiu há 5 anos como uma banda de faculdade e, já então, começou a agradar. Desde então passou por muitas mudanças, e hoje apenas 3 dos 6 integrantes estão lá desde o início.

Entre esses novos integrantes, está o tecladista Lucas Reis, que nos conta como entrou no Bonde: "Em 2005, um dos guitarristas foi passar o ano fora, e me chamou pra entrar no lugar dele... na verdade eu que pedi na cara de pau (risos)! Eu adorava a banda, e não perdi a oportunidade de dar uma de entrão..."

Lucas é o de smoking, à direita!

Com essa intrusão, Lucas está lá até hoje, e comenta como um novo integrante muda o produto final: "Cada um que entra é uma influência, uma pegada diferente... por exemplo, antes de eu entrar eram dois guitarristas. Quando eu entrei, que ficou uma guitarra e um teclado, o som mudou bastante! Tem gente que diz que ficou um pouco mais jazz, não sei ao certo... mas que mudou mudou!"

Jazz, samba, rock e salsa se confundem nas descrições do BondeSom. Pra o tecladista, na verdade, não é nada disso: o Bonde tem um som novo, diferente. "É claro que a gente se baseia nesses gêneros, mas o que sai no final não pode ser chamado de um gênero propriamente dito"

Uma coisa é certa, esse som que não é um gênero propriamente dito está fazendo sucesso. Além de músicas próprias, o Bonde também toca algumas já conhecidas: "No Quereres do Caetano Veloso, a gente faz uma versão maracatu. E o pessoal tem gostado também da versão das músicas do Mario Bros!" - conta Lucas.

O lançamento do CD da banda promete um show com cara de baile, pra ouvir, mas também pra dançar bastante! "O melhor do Bonde vai estar lá: música pra se dançar juntinho, separado ou ficar sentado ouvindo mesmo! Estamos preparando umas coisas diferentes também, que não fazemos todo show" - comenta Lucas, já avisando que não pode contar porque é surpresa!

Pra saber o que vai rolar, só indo no show mesmo: Sexta dia 27 de Junho, no Circo Voador!

O ingresso custa 15 reais e o cd custa 5.

Quer saber mais?

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Livros na sua caixa de entrada

Aline Malafaia

Se o futuro das mídias impressas está na internet, então ele já chegou. Para quem gosta de ler, a dica dessa semana do Cultura Digital é o site leituradiaria.com. Vale experimentar.

Por enquanto, quase 200 títulos, com o conteúdo integral, fazem parte do acervo do site e são disponibilizados gratuitamente. Para usar o serviço, basta entrar na página, se cadastrar e escolher um dos livros para começar. A busca pode ser feita pelo nome, autor ou gênero da obra.

O mais divertido é que trechos da obra são enviados diariamente para a conta de e-mail que o usuário informar. Há opções para todas as agendas. Depois de escolher a obra, o leitor-virtual seleciona a dinâmica de envio que mais se adapta ao seu tempo: quantas vezes por semana quer receber as doses de leitura delivery, em que hora do dia e, de acordo com quanto tempo ele informar que pode ler, o site calcula o tamanho do trecho a ser enviado.

Nessa página, o internauta também pode indicar o livro para algum amigo, deixar um comentário sobre a obra e escolher a formatação, além de conferir a previsão de quando a leitura será concluída. Opções menos cotadas, os livros podem ainda ser enviados via wap e rss 2.0.

Os trechos chegam numerados, assim, se por acaso algum deles não for recebido, é possível solicita-lo novamente.

Para os fãs de romances há mais variedade, são 100 títulos no acervo. Os livros contos ficam com o segundo lugar, e os de filosofia com o terceiro. Nietzsche e Machado de Assis estão entre os autores. Com essa gama de opções e sem gastar nenhum tostão, até para os viciados em internet, não há mais desculpa para não ler. A dica é salvar o endereço da página direto na sua lista de favoritos.


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Maré no Rio

Larissa Helena
A cantora Adriana Calcanhotto estará no Rio de Janeiro de 27 a 29 de junho, na turnê Maré.

Este é o oitavo disco da carreira da cantora, e está fazendo sucesso por todo o mundo: a turnê já passou por São Paulo e Buenos Aires, a ainda vai para Miami e Lisboa no final do ano.

Este é o segundo disco de uma trilogia que tem como tema o mar. O primeiro foi Marítimo, em 1988. Adriana afirma que não sabe quando sairá o terceiro.

Adriana promete visitar mais 13 cidades brasileiras, só até o fim de 2008. "Pelo que tudo indica, a turnê via continuar no ano que vem" - afirma Luiz Mena, assessor de imprensa do Canecão.
A expectativa para o show no Rio é de um público composto de pessoas de todas as idades, já que tanto jovens quanto pessoas mais velhas gostam das músicas de Adriana.
Entre os integrantes da banda que acompanha a cantora pelo mundo, o destaque é Bruno Medina, que era o tecladista da banda Los Hermanos.
A cantora afirmou que, nos shows, vai tentar não apenas trazer as músicas inéditas, presentes no novo cd, mas também trazer sucessos mais antigos, como Vambora e Mais Feliz.

O Show de Maré será no Canecão, sexta e sábado às 22h e domingo às 20h30. E tem preços pra todos os gostos: variando de 20 a 240 reais.

Mais do Mesmo:

Esquadros - Ao vivo
Mais Feliz – Ao vivo
Vambora – Ao vivo

segunda-feira, 9 de junho de 2008

FLIP

Larissa Helena
Não, não é uma onomatopéia dos antigos desenhos do Batman.

FLIP é a sigla para Festa Literária Internacional de Parati, que acontece de 2 a 6 de junho esse ano. Isso mesmo: internacional e Parati, na mesma frase! Bom pra gente, não?

É que essa festa, que acontece desde 2003, virou um das mais importantes eventos de literatura do mundo, e o maior evento turístico de Parati também. Ano passado, foram cerca de 10 mil turistas na cidade. Por isso, se você pensa em ir, é bom já ir reservando seu ingresso - já que, apesar dos preços bem salgados, a maioria dos hotéis lota.

A professora de Literatura Brasileira Adriana Maruzzi, da USP vem todo ano para o Rio de Janeiro só para participar do evento: "A FLIP é muito legal porque é uma oportunidade de estar perto de quem faz a literatura hoje em dia. E a gente acaba conhecendo colegas de profissão de vários estados, que vêm pro Rio só por causa disso." - conta.

A FLIP é famosa por atrair diversos famosos, escritores ou não. Chico Buarque, por exemplo, apareceu por lá na última edição, em 2007.

Uma das presenças mais ilustres a visitar a festa foi o aclamado historiador Eric Hobsbawm, autor de livros como "A era do Capital" e "Era dos Extremos", muito utilizados no ensino médio e na faculdade, e lidos por todo amante de história.
Esse ano não vai ficar pra trás: o escritor e jornalista Modesto Carone marca presença como um dos grandes nomes brasileiros a participar.

Mas a novidade deste ano vai ser mesmo a vinda do escritor Neil Gaiman, autor das novelas gráficas Sandman e Morte, de livros infantis, de scripts de cinema (como Beowulf) e de vários livros fantásticos para adultos. A presença do escritor promete atrair um número muito maior de jovens do que nas outras edições da festa.
Falar em jovens, não dá pra deixar de falar da Flipinha, que é um evento paralelo que ocorre junto com a festa, mas voltado para o público infanto-juvenil. Além de atividades para crianças e adolescentes, vários escritores estarão presentes, mas não é coisa de criança não: "Acho interessante para os adultos estar em contato com autores de livros infantis, e voltar a pensar nesse universo mágico que atraía tanto a gente há algum tempo. A parte infanto-juvenil vale pra pessoas de todas as idades!" - comenta Adriana.

Bem, fica a dica para quem tiver um tempinho nas férias.

Para mais informações, dê uma olhadinha no site da FLIP

Mais do mesmo:

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Oi Futuro apresenta "ENCONTRO/DESENCONTRO", de Ivens Machado

André Pernambuco
O Oi Futuro recebe a partir do dia 4 de junho a exposição “ENCONTRO/DESENCONTRO“, reunindo obras inéditas do artista visual Ivens Machado. Artista consagrado na história da arte brasileira e autor de obras singulares, Ivens possui vasto currículo nacional e internacional, tendo participado de várias versões da Bienal de Paris, da Bienal de São Paulo, e mais recentemente da Bienal do Mercosul, além de mostras individuais e coletivas em diversos países do mundo.

Além do material novo, a mostra traz vídeos realizados pelo artista durante os anos 70. Essas obras foram restaurados nos Estados Unidos especialmente para exposição. Sob a curadoria de Alberto Saraiva, "Encontro/Desencontro” apresenta, além dos trabalhos antigos de Ivens, um conjunto de vídeo-instalações realizadas com um novo tipo de linguagem, caracterizada pelo artista como “motivadora” e ao mesmo tempo “assustadora”. As video instalações serão as principais obras da exposição. A mostra é uma retomada para o artista, um dos precursores da vídeo arte no Brasil.
“De 74 a 76, eu produzi muito material. Mas comecei a me assustar com os rumos que os vídeos estavam tomando e com as possibilidades tecnológicas que fugiam de o que eu pretendia com os filmes. Eu também já tinha um trabalho como escultor e acabei indo para esse lado. Comecei a expor no exterior e minha carreira de vídeo artista parou por aí”, lembra Ivens.


Com uma carreira consolidada e consagrada como desenhista e escultor, o artista foi procurado pelo curador de Artes Visuais do Oi Futuro, Alberto Saraiva, para expor no espaço. “Em 2006, o Alberto, que conhecia o meu trabalho da década de 70, me procurou. Ele queria exibir os meus trabalhos antigos e me sugeriu produzir coisas novas. No ano seguinte, durante um projeto em Florianópolis, produzi, depois de 30 anos, ‘APERTANDO SILVANA’. A partir dele, resolvi retornar à videoarte”, explica Ivens.

A video arte “ENCONTRO/DESENCONTRO“, que dá nome à exposição, é também a mais longa das obras inéditas, todas com direção de Samir Abujamra e Ivens Machado, e será exibida numa tela no quarto nível. “Os pedaços se juntam, dançam e fazem movimentos”, define Ivens Machado sobre o vídeo que apresenta uma sinfonia de movimentações de braços e pernas.

Uma das obras que promete chamar a atenção do público é ”PERSEGUIÇÃO”. No exterior do elevador, um projetor exibirá imagens de uma perseguição realizada por quatro homens atrás de uma mulher, representada pela atriz Karla Dalvi. O filme é exibido na forma vertical e em preto e branco. As gravações foram feitas no Parque das Ruínas, no Rio de Janeiro. A obra é apresentada em flashes e o ritmo, que começa lento, vai aumentando até demonstrar a agressividade e velocidade características de uma perseguição. Além das obras inéditas, serão apresentados no quinto nível, os vídeos documentais “Slavemaster/Slave”, de 1974; “Versus”, 1974; “Dissolution”, 1974, todos restaurados.

A exposição tem entrada franca e ficará exposta no Oi Futuro de 4 de junho a 3 de agosto no térreo e nos quarto e quinto níveis.
Oi FuturoRua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo(21) 3131-3060 De terça a domingo, das 11h às 20h.Classificação etária 18 anos

Oi Futuro

Entre mangás, adagas e kimonos: tudo sobre a cultura japonesa

Aline Malafaia

Em 1908, o primeiro navio japonês atracou no porto de Santos. No “Kasato-Maru” chegaram imigrantes que fugiam da pobreza do Japão, provocada pela mecanização dos processos produtivos no campo e pela explosão demográfica. Eles traziam na bagagem uma cultura completamente diferente da “tropicália” brasileira.

Hoje o Brasil comemora o centenário da imigração japonesa com uma programação cultural extensa. Entre eventos formais e mostras de arte, os quase 1,5 milhão de japoneses e descendentes que vivem no Brasil, a maior comunidade nipônica no exterior, mostram que esse tempo foi suficiente não só para a inclusão desse povo, que chegou aqui estranhando os costumes, o clima e até a comida, mas para a criação de uma nova cultura, a nipo-brasileira, composta pelas três gerações de descendentes que já existem aqui: os nisseis (filhos de japoneses), os sanseis (netos) e os yonseis (bisnetos).


A Agenda Cultural desta semana traz as principais opções do Rio de Janeiro para quem quer conhecer mais dessa cultura que não é feita só de desenhos e artes marciais:

- O Centro Cultural do Banco do Brasil abriga Nippon – A essência da cultura Japonesa, até 13 de julho. Na primeira sala, uma linha do tempo contextualiza o visitante sobre o que aconteceu no Brasil, no Japão e na Europa desde a pré-história até hoje. Em seguida, o espectador pode conhecer as diversas faces da cultura japonesa:
O chadô, a Cerimônia do Chá, ganhou uma sala especial, e aos sábados gueixas fazem todo o ritual diante dos olhos dos visitantes.
O Kadô, a técnica dos arranjos florais, ganhou uma sala que deslumbra pela beleza.
Na sala do shodô, caligrafia japonesa transforamda em arte, os famosos versos da Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, estão escritos pelas letras japonesas.
O caminho marcial, chamado de Budô, as roupas típicas, obras de artistas renomados e fotografias também fazem parte da exposição, que começa na rotunda do centro cultural, com origamis e pipas pendentes do teto e um painel com foto-montagens modernas.

Há oficinas para quem quiser aprender a famosa técnica japonesa de modelar papel.
A programação da oficina de origami e das mostras de cinema, música e anime podem ser conferidas no site do CCBB.


- De 11 de Junho a 27 de Julho no Museu Histórico Nacional, “O Espírito do Budô” estará em cartaz, mostrando peças que revelam o ideal do samurai. Poderão ser vistas espadas, armaduras, flechas e lanças de guerreiros samurais.

- Em 23 e 24 de junho, a Orquestra Petrobrás Sinfônica será regida no Theatro Municipal pelo maestro japonês Nobuaki Nakata e terá um solo da pianista também japonesa, Midori Maeshiro. No programa, obras do maestro Toru Takemitsu e Tom Jobim, fazendo um intercâmbio também na musicalidade dos dois países.

- O tradicional Festival de Pipas japonesas será promovido no dia 24 de junho, na Praia de Copacabana. Seis pipas de mais de três metros serão empinadas reproduzindo o evento da cidade de Hamamatsu.


- A Marina da Glória vai receber a Rio Nikkei Expo, entre 26 e 29 de junho. Nela serão mostradas as técnicas agrícolas e os costumes que os imigrantes das colônias de Santa Cruz, no Rio de Janeiro e Papucaia, em Cachoeiras de Macacu preservam até hoje. Além das técnicas que revolucionaram a Zona Rural brasileira há cem anos, também farão parte do evento um mini-museu da imigração e mostras de gastronomia, artes marciais e danças típicas.

- A dança contemporânea japonesa também tem espaço nas comemorações do centenário da imigração. No dia 27 de agosto, o Teatro João Caetano vai ser palco para a bailarina Miyako Kayato e sua companhia de dança. O espetáculo terá a particiapção de bailarinos brasileiros.


Outros detalhes:
Programação

Aos 66 anos, o ator holiwoodiano Herison Ford dá vida a um de seus personagens mais famosos



Em 2008 o ator Harison Ford vive mais uma empreitada, para a alegria das "meninas". Aos 66 anos, o ator deu vida a um de seus personagens mais famosos da telona, o arqueólogo Indiana Jones.
Nesse quarto filme da série, Ford teve uma maratona de preparação: musculação, corridas e treinamentos particulares de luta. Isso tudo para não precisar se ausentar das filmagens por conta de lesões, como nos outros 3 primeiros da série, evitando o uso de dublê. Sim, 90% das cenas de ação é feita pelo próprio Ford.

Sua estréia mundial aconteceu cercada de mistério por parte dos estúdios, no Festival de Cannes e causou frison. O longa repete mais uma vez a parceria entre os diretores Steven Spielberg e George Lucas, que também é responsável pela concepção e pela produção do longa. O filme teve um orçamento astronômico: custou a simples bagatela de US$ 185 milhões, segundo o jornal "Los Angeles Times". Os três primeiros episódios da série arremataram sete Oscars e arrecadaram cerca de US$ 1,2 bilhão de dólares ao redor do mundo.

Esse novo episódio se passa em 1957, 19 anos após a primeira trama de "Indiana Jones e a Última Cruzada", de 1989, com um Dr. Jones já beirando os 60 anos - uma decisão razoável, já que o ator completa 66 anos em julho desse ano.

A passagem do tempo na história necessita uma repaginada nos vilões: saem de cena os nazistas e entram os soviéticos, liderados pela personagem da atriz Cate Blanchett, que viveu sua primeira vilã, enviada para obrigar Jones a encontrar um lendário objeto perdido na Amazônia peruana, que permitirá a vitória soviética na Guerra Fria. Nessa versão, o arqueólogo também ganha um pupilo, feito pelo ator Mutt Williams. A maior surpresa é o maravilhoso retorno da paixão de Jones: Marion Ravenwood, personagem do primeiro filme da série "Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida", de 1981, vivida pela atriz Karen Allen. Embora o filmes mostre cenas da nossa floresta, como as Cataratas do Inguaçú, ele foi todo feito em um mega estúdio na califórnia.
Repleto de ações, "Indiana Jones e o reino da Caveira de Cristal" é pura sessão nostálgica para aqueles que já passaram dos 30 anos de idade.
Quer


Assista ao trailler do filme.

Literatura na internet

Larissa Helena
A internet tem ampliado seus domínios com uma velocidade que o ser humano é incapaz de acompanhar.A cada dia surgem milhares de novos sites. Acompanhando essa onda estão os blogs: é impossível calcular a quantidade deles. A cada momento surgem novos textos, novos endereços, novos usuários compartilhando seus escritos com a web.

E tem blog de tudo quanto é tipo: fofoca, matemática, sexo, moda... Mas hoje o tema vai ser mais específico: o blog literário.

Se você for na livraria, vai se impressionar com a quantidade de novos escritores pelas prateleiras...e provavelmente não vai conhecer nem metade: as editoras vivem lotadas de novos projetos de jovens que gostam de escrever, e se torna cada vez mais difícil se destacar nesse mercado.

Frente a essas dificuldades, os escritores vêem uma saída muito simples: publicar na internet.

Aqui, vamos dar apenas alguns exemplos desse vasto mundo dos blogs de literatura.

O blog Jardim Suspenso existe há 2 anos e acabou conquistando leitores e colaboradores fixos. O criador do blog, que escreve como Pássaro sem patas, explica por que resolveu expôr o que escrevia na internet: " Porque escrevia só para mim e queria que as pessoas olhassem os textos ai resolvi expor no Jardim".

Hoje em dia, o Jardim tem 8 pessoas escrevendo, umas com mais, outras com menos frequência. E aí surge nossa outra questão: por que chamar outras pessoas para escrever? "Porque eu achei que as pessoas talvez passassem pelas mesmas questões que eu. E deste modo posso juntar amigos e novos escritores" - afirma Pássaro.

Ivson Souza, outro colaborador do blog, explica por que começou a escrever: "era uma forma de dar voz a minha angústia. Pra mim o processo de escrever é similar a vomitar, uma hora você simplesmente precisa botar pra fora e no blog posso colocar e tirar o que bem entender ao meu bel-prazer"

Cada um tem uma motivação diferente para expôr seus textos na web. Mas a maioria considera mais fácil escrever no blog do que publicar um livro: "eu não tenho dinheiro pra publicar um livro e não sei se teria o compromisso" - comenta Ivson.

Roberta Pio, estudante de jornalismo, escreve há dois anos e meio no Sete anos de Azar e afirma que maioria das pessoas elogia o blog, mas que ainda não pensa em publicar um livro: "Dá trabalho e acho que ainda estou muito crua. O blog é uma maneira de treinar."- conta.

E os blogs ainda oferecem uma cosia que os livros não têm: pelos comentários, quem postou fica sabendo logo se gostaram ou não do texto. Ivson afirma que isso deixa uma certa expectativa: "a gente espera que pelo menos as pessoas queridas leiam. Quem escreve quer ser entendido, não tenho dúvidas. Pra mim, lá no fundo, é tudo autobiográfico."

Mas existem também as pessoas que não gostam de expor seu blog para ninguém, como é o caso de uma jovem que não quis se identificar (nem ceder o endereço do seu blog): "Eu não mostro meu blog pra ninguém. Só guardo pro caso de ter problema no computador. Eu quero ter tudo em algum lugar".

Para os leitores, o motivo acaba importando pouco, e o que acaba importando é o vasto material que se encontra internet afora. Vale a pena dar uma olhada nos blogs e achar os talentos que mostram a cara na web. E nessa viagem, você vai acabar encontrando blogs de marmanjos escritores, tipo o Millôr; e de novatos que ainda estão abrindo o caminho no mundo da literatura.

E confira também: