segunda-feira, 7 de abril de 2008

200 ANOS DE UMA HISTÓRIA AINDA DESCONHECIDA DE MUITOS

Leonardo Luzes




Há duzentos anos, desembarcava no litoral baiana a corte portuguesa, vinha fugida das tropas francesas, comandadas por Napoleão Bonaparte. Um plano elaborado as pressas a fim de salvar a realeza, que politicamente, significava a transferência do governo de Portugal e de suas colônias para o território brasileiro. Em 22 de janeiro de 1808, a nobre tripulação desembarcava na Baia de todos os santos, em Salvador, Bahia, onde ficaram por 34 dias, antes de seguirem para o Rio de Janeiro.

Muitas decisões foram tomadas aqui, pelo então príncipe regente D. João VI, como a abertura dos portos as nações amigas de Portugal. Inglaterra é uma delas, nação que ajudou a corte a escapar das garras de Napoleão, além claro, de ter fundado a primeira Escola de Cirurgia da Bahia, um embrião para a criação da primeira faculdade de medicina do Brasil.Esses pequenos dados e muitos outros, que não são ensinados nas aulas de história nas escolas podem ser “degustados” no livro do jornalista Laurentino Gomes, “1808 – Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta que enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil”. Este é resultado de dez anos de investigação jornalística, para contar de forma acessível a história da corte portuguesa no Brasil. Uma história que nunca viu algo semelhante como o acontecido na história de Portugal ou de qualquer outro país europeu. Em tempos de guerra, reis e rainhas haviam sido destronados ou obrigados a se refugiar em territórios alheios, mas nenhum deles tinha ido tão longe a ponto de cruzar um oceano para viver e reinar do outro lado do mundo.

Embora muitos reis dominassem colônias em diversos continentes, até aquele momento nenhum rei havia colocado os pés em seus territórios além mar, para uma simples visita se quer, muito menos para ali morar e governar. Foi um acontecimento sem precedentes tanto para os portugueses que se viram órfãos de sua monarquia da noite para o dia, como ainda para os brasileiros que até então eram tratados como uma simples colônia de Portugal. O livro ainda tenta desenvolver seus protagonistas à dimensão mais correta possível dos papéis que desempenharam duzentos anos atrás. Personagens que podem sim ser caricatos como retratados em filmes e seriados de tv.





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