segunda-feira, 26 de maio de 2008

Wii fit: videogame e exercício (ao mesmo tempo!)

Larissa Helena

Pra quem já se impressionava com o console Wii, da Nintendo, chegou uma novidade ainda mais legal. Pra acabar com aquela má-fama de que videogames criam crianças sedentárias e deixam adultos viciados em apertar botões, um dos consoles mais famosos do mundo lançou um game de "academia".

O Nintendo Wii tem controles sem fio, que permitem que o jogador se movimente mais, além disso, tudo funciona com um sensor de movimento (que fica em cima da tv), que reconhece as ações de quem está jogando e as reproduz na tela. Ângela Neves, Psicóloga Social, especialista em Interações humanas com ambientes virtuais, elogia: “Pela primeira vez conseguiram quebrar a idéia de que videogame é só pra quem tem habilidade em apertar rápida e repetidamente os botões”.

Mas a novidade não pára por aí. Foi lançado no mês de maio nos Estados Unidos, o jogo Wii Fit. Ele vem com uma Balance Board (ainda sem nome no Brasil, mas poderia ser traduzido por algo como Placa de Equilíbrio). Essa placa é sensível a pressão e movimentos, e vai dizer se ele está executando tudo certo. Dá pra ver melhor como ela funciona no trailer do jogo.

O Wii Fit foi desenvolvido pelo japonês Shigeru Miyamoto, um grande nome entre os desenvolvedores de jogos, e já está disponível no Japão desde dezembro do ano passado. Na Europa, estará disponível ainda neste ano. O game chega no Brasil dia 30 desse mês, mas já tem muito brasileiro tentando comprar logo, lá nos EUA mesmo.


O objetivo do Wii Fit é fazer com que toda a família se exercite junta. Mas a influência no público é muito mais promissora: talvez aquela idéia de que videogame é coisa de gente preguiçosa esteja com os dias contados.
Mas será que quem gosta de videogame vai começar a malhar por causa disso? “Acho que o jogo vai conseguir, no mínimo, que os jogadores tentem se adaptar a ele, seja com os macetes de sempre ou com o esforço suficiente para serem bons. Daí a começar a malhar vai vir do incômodo e conscientização de cada um, além, claro, da força de vontade.” – afirma Ângela.

Yoga, atividades aeróbicas, alongamento, musculação... tudo no videogame. Do jeito que eles mostram no trailer, dá até vontade de largar a academia pra ir brincar no videogame. Mas calma, amantes de academia, isso não vai acontecer: “Não acredito na hipótese de que as pessoas parem de ir na academia, já que quem freqüenta não se livra tão fácil deste hábito, que ganha até caráter social."

Também quer se exercitar?




A Noviça em um teatro que também já foi rebelde

Aline Malafaia
Duas estréias simultâneas prometem ser um marco no cenário cultural carioca este ano: a reabertura do Teatro Casagrande com o musical “A Noviça Rebelde”.

O Teatro Oi Casagrande, como passou a ser chamado depois da reforma que o reabriu, foi um espaço importante para a cultura carioca, não só por ter abrigado peças renomeadas, mas por ter sido palco para reuniões de estudantes e militantes, que durante a ditadura militar discutiam assuntos ligados à política e à história, o que o fez ser conhecido como “o palco da democracia”. Foi nesse espaço que aconteceu a primeira campanha pelas diretas já e vários movimentos pelo fim da censura. Em 1997 sofreu um incêndio, e há 4 anos estava com as portas fechadas para as obras.

O Casagrande recebe agora com festa a super produção do musical da Broadway “A Noviça Rebelde” (The sound of Music), do ano de 1959, que já rodou o mundo em diferentes montagens, e chega ao Rio com direção de Charles Möeller, para a versão de Cláudio Botelho.

O elenco é formado por 44 atores-cantores que interpretam 31 personagens. A noviça Maria Rainer é vivida por Kiara Sasso, atriz com especialização em musicais nos Estados Unidos. O Capitão Georg Von Trapp é vivido por Herson Capri. Três elencos infantis, escolhidos entre os mais de 500 inscritos para os testes, se revezam para dar vida aos sete filhos do Capitão, que viúvo, não conseguia acertar uma babá sequer que pudesse dar conta das crianças, até a chegada de Maria, uma noviça que não conseguia se adaptar às rígidas normas do convento. Tudo isso no contexto da ecolsão da Segunda Guerra Mundial. A peça é baseada na história real dos Von Trapp, escrita pela Maria e publicada em 1949.


A produção do musical está entre as mais sofisticadas. Os 11 cenários de Rogério Falcão sobem, descem, entram em cena pelas laterais ou mesmo por baixo. As passagens de ambiente acontecem de forma lúdica diante dos olhos dos espectadores, que quase não as percebem. A luz de Paulo César Medeiros, o som de Marcelo Claret e os figurinos de Rita Murtinho não ficam atrás. A coreografia é de Dalal Achcar. A obra original é da dupla Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II. Essa montagem mostra a qualidade dos profissionais de teatro brasileiros.


O teatro Oi Casa Grande fica na rua Afrânio de Melo Franco, 290. O teatro tem 950 lugares.
O valor dos ingressos varia entre R$ 60,00 e R$ 180,00


- Dias e horários:
Quarta, quinta e sexta: 20h30
Sábado: 16h e 20h
Domingo: 16h


segunda-feira, 19 de maio de 2008

Harison Ford encara aos 66 anos mais um desafio. Indiana Jones e o reino da caverna de cristal teve estréia mundial no festival de Cannes, na França.

Joss Stone no Brasil

Larissa Helena

Se você gosta de música, não pode perder o show da Joss Stone, no Vivo Rio dia 13 de junho.

A inglesa começou sua carreira aos 16 anos e surpreendeu todo mundo cantando soul com um vozeirão. De repente, só dava ela nas paradas musicais.

De cabelos cacheados (e meio roxos) no começo, ficou loira mais tarde, e agora está de cabelos pretos e lisos. O visual chamou atenção, mas a garota deixou logo bem claro que queria fazer sucesso com as suas músicas, e não com a sua imagem - uma novidade nos dias de hoje, em que as jovens celebridades parecem correr atrás de um escândalo.

Pois é, sabe-se pouco da vida pessoal de Joss: o que sabemos é que ela tem uma voz poderosíssima, e tem arrasado nas suas turnês. O que talvez explique o preço salgado do show da garota aqui no Rio de Janeiro: o ingresso mais barato custa 190 reais. E mesmo assim, é bom ir se planejando, porque como só serão 3 apresentações no Brasil, os fãs vão correr atrás.


O Vivo Rio fica na Av. Infante Dom Henrique, no parque do Flamengo.


Mais:





As obras de Debret em exposição na Casa França Brasil

Leonardo Luzes



Jean-Baptiste Debret foi um pintor e desenhista francês, nascido em 1768. Ele integrou a Missão Artística Francesa, que fundou em 1816, no Rio de janeiro a Academia de Artes e Ofícios, que mais tarde foi chamada de Academia Imperial de Belas Artes, onde lá lecionou pintura.

O Enegenho

"O Teatro de Debret" é a maior exposição do pintor francês que melhor traduziu o Rio de janeiro. Ela integra a comemoração dos 200 anos da chegada da família real portugues no pais. Nessa exposição, os obras, escolhidas a dedo, foram feitas aqui, durante a estadia do pintor enquanto lecionava pintura na Academia de Belas Artes. Cerca de 511 obras do autor integram essa exposição, sendo 306 aqualeras pertencentes ao museu Castro Maya, cinco pinturas a óleo do acervo da Pinacoteca de São Paulo, do Centro Itaú Cultural, do Museu Imperial de Petrópolis além de coleção particulares. Fazem parte também cerca de 115 litografias do livro "Viagem pitoresca e histórica ao Brasil".

Os refrescos do largo do Palácio

Obras como o quadro "Os refrescos do Largo do Palácio" podem ser apreciadas na Casa França Brasil. O visitante percorre o vão central da Casa França-Brasil, as salas e vãos laterais. A exposição fica em cartaz até o dia 11 de maio, de terça a domingo, das 10 às 20 horas e a entrada é gratuita.
A Casa França Brasil fica na Rua Visconde de Itaboraí, 78. O telefone é 2253-5366

Para maiores informações, acesse o site:

http://www.fcfb.rj.gov.br/

Sobre literatura inglesa...

Aline Malafaia
Pouca gente sabe, mas o principal nome da literatura britânica depois de William Shakespeare nasceu no ano de 1775, em um vilarejo chamado Steventon, em Hampshire. Embora tenha passado toda sua vida na zona rural da Inglaterra, com uma percepção aguçada dos sentimentos, do tempo em que vivia e principalmente da natureza humana, encontrou boas histórias para contar.

Uma autora pouco conhecida, se comparada ao primeiro lugar no ranking da literatura inglesa, teve muitos de seus romances transformados em filmes, entre os mais conhecidos estão “Orgulho e Preconceito”, por Joe Wright em 2005 e “Razão e Sensibilidade”, por Ang Lee, em 1995.

Filha de um pastor anglicano, de uma família com sete irmãos, ela nunca se casou e preferiu viver no isolamento. Jane Austen tratou de temas clássicos da humanidade com um estilo que rompeu as tradições literárias da época, desvendando os segredos ocultos pelas normas de etiqueta e ambições.

A sociedade britânica também não escapou à Jane, que foi audaz nas críticas. Ela tratava as peculiaridades dos “usos e costumes” britânicos de forma sutilmente irônica. Nas entrelinhas da obra da autora, estão análises elaboradas que até hoje mantém a atualidade.


"Muitas vezes perdemos a possibilidade de felicidade de tanto nos preparamos para recebê-la. Por que então não agarra-la toda de uma vez” Jane Austen

Ela escreveu seis livros, dos quais dois foram publicados após a sua morte em 1817 e uma única peça teatral, Sir Charles Grandison, publicada em 1880. Então, dica de “Para ler & aproveitar” do Cultura Digital desta semana, é toda a bibliografia de Jane,

Razão e Sensibilidade, 1811


Orgulho e Preconceito, 1813

Mansfield Park, 1814

Emma, 1816

Abadia de Northanger, 1818
Persuasão, 1818


Leia mais sobre Jane Austen


Retorne à página principal




segunda-feira, 12 de maio de 2008

Solo de Wolverine nas Telonas

Larissa Helena

O novo filme dos X-men já tem data marcada para estrear no Brasil: Maio de 2009.

É, ainda falta um ano, mas pra você não ficar com muita água na boca, a gente aqui do Cultura Digital vai te dar uma prévia do que está acontecendo nos bastidores da super-produção.

O filme, que era pra ser a continuação dos outros 3 filmes dos heróis, acabou sofrendo uma digamos, pequena, alteração de roteiro: o projeto do 4º filme foi adiado, e o que está sendo produzido agora é um filme só do wolverine.

Wolverine, que se você reparar, está sempre na frente dos outros nas fotos dos filmes do grupo, sempre foi o queridinho dos fãs . As crianças sempre preferiram os jogos em que ele aparecia, e suas revistinhas eram já as mais vendidas.

No filme, não deu outra, o personagem acabou fazendo tanto sucesso, que a Marvel decidiu que vale mais a pena fazer um filme só dele logo. Eduardo Reis, que adora revistas em quadrinhos, tem 23 anos e frequenta lojas de gibis desde os 10: "Quando eu era menor, o Wolverine era o favorito disparado. Acho que quando a gente cresce, o gosto vai mudando, ainda mais pra quem costuma ler muito esse tipo de coisa. Mas acho que pra quem conhece menos não tem jeito, os principais viram os favoritos" - comenta o estudante de direito.


Muita gente adorou essa idéia do filme do Wolverine. Mas Eduardo acha que os fãs mais veteranos não ficaram muito felizes com essa mudança, e explica: "Eu estava mais ansioso pelo quarto filme, que ia ter o Gambit, um personagem que eu to doido pra ver como vai ficar. E também estava querendo ver o Fera e o Anjo de novo, que não fizeram quase nada no outro filme, e o diretor tinha prometido aumentar a participação deles nesse."



Mais?
- Wolverine no IMDB

“Romeu e Julieta” cariocas

Aline Malafaia

Transportar um clássico da literatura internacional para o cenário das favelas cariocas não é uma proposta inédita. Em 1999 o cinema brasileiro viu isso acontecer em “Orfeu”, de Cacá Diegues. O livro “Romeu e Julieta”, de Shakespeare, por sua vez, já teve inúmeras releituras. A mais recente delas está no filme “Maré, nossa história de amor”, um musical de Lúcia Murat.

Nessa história, Montecchios e Capuletos são substituídos por facções rivais de traficantes na favela da Maré, uma das maiores do Rio de Janeiro, com uma população de aproximadamente 114 mil moradores, de acordo com o Censo . A favela atualmente é dividia em duas, e o tráfico de drogas não permite que os moradores de um dos lados mantenham contato com os do outro lado.

No meio da guerra do narcotráfico, Romeu e Julieta são transformados em Analídia (Cristina Lago) e Jhonata (Vinicius D’Black). Ela é filha de Bê, chefe do tráfico de um dos lados da favela, e ele, irmão de criação de Dudu (Babu Santana), que domina o outro lado. Os dois se vêem impedidos de viver sua história de amor, sob as penas que a lei do tráfico impõe.

Os dois se conhecem em na oficina de dança de uma ONG, que fica na área neutra da favela, e tem a direção de Fernanda, uma ex-bailarina engajada em projetos sociais, vivida por Marisa Orth.
Em meio aos conflitos entre os grupos e a polícia, o inusitado fica por conta das cenas em que os jovens cantam e dançam pelas ruelas da favela, com coreografias de Gabriela Figueroa, com colaboração de Sonia Destri. A trilha sonora é composta por músicas de Tim Maia, Marcelo Yuca, Falcão e trechos do clássico “Romeu e Julieta”, tema musical para um balé, de Sergei Prokofiev.


Leia mais:

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Filme gourmet do cinema nacional

Aline Malafaia

O cinema brasileiro já tem muitas produções que mostram as mazelas desse povo: a dura realidade dos presídios, da pobreza, da prostituição, dos vícios e da falta de oportunidades. O recém lançado “Estômago” fala de tudo isso, mas de uma maneira diferente e a maior parte do tempo, muito bem-humorada.


Raimundo Nonato, vivido por João Miguel, é um nordestino que resolve tentar a sorte em uma cidade grande. Antes de se tornar “Nonato Canivete”, Raimundo desembarca de uma ônibus em uma rodoviária, e caminha até chegar em à “birosca” do seu Zulmiro, Zeca Cenovicz, onde seu destino será traçado. Muito atrapalhado para ser um protagonista, ali ele descobre o seu talento para cozinhar, conhece a Iria, Fabíola Nascimento, uma prostituta, por quem se apaixona, e o seu Giovani, Carlo Briani, dono de um restaurante italiano, onde vai trabalhar mais tarde.

Raimundo encanta a todos com os pratos que prepara, e quando parece que finalmente a vida vai sorrir para ele, Nonato é pego de surpresa e tudo vai por água abaixo.

A história inspirada no conto “Presos pelo estômago”, de Lusa Silvestre, é contada em uma trajetória não linear e tem direção de Marcos Jorge. Vale a pena esperar pelo desfecho do filme...

Em cartaz nos cinemas do Shopping Iguatemi, no Unibanco Arteplex e no Kinoplex Leblon.

Clique para saber mais


Retorne à página principal

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Last.fm: tendência musical e social

Larissa Helena

Last.fm é um site de música.

Mas não apenas um site de música. Quase tudo o que você puder imaginar está lá. De músicas evangélicas a death-metal. De punk-rock a música infantil. De poemas narrados a música sertaneja. É um site para todos os gostos e todas as caras. O que talvez explique por que vem fazendo tanto sucesso entre o público jovem.

No Last.fm, é possível procurar músicas pela semelhança entre si. Por exemplo, o internauta digita o nome de uma música que gosta muito: Madonna, por exemplo. Automaticamente, ele toca músicas de artistas semelhantes: Cher, Janet Jackson e Whitney Houston, nesse caso.


O site se intitula como " A revolução social da música". Isto é porque, além dessa facilidade de pesquisar a música pelo gênero, marcadores ou artista, você pode conhecer o perfil musical dos seus amigos, e ver o que eles têm a ver com você.


Para Lara Macieski, de 19 anos, não faz a menor diferença saber o que os outros estão escutando. Então pra quê usar o Last.fm? "Porque quando eu quero ouvir musicas de um estilo eu coloco a tag lá e ele procura pra mim. Eventualmente eu encontro uns muito bons, mas muito bons mesmo. Essa semana, baixei a descografia da Katherine Jenkins, que eu conheci por lá."

Já o sueco Martin Keyes, de 16 anos, um dos moderadores do Last.fm, acha que o mais legal do last.fm são as faixas mais ouvidas. "Às vezes a gente não percebe o quanto escuta certo artista ou quão pouco o escutamos. Mas é claro que também é muito legal a interação com outros usuários, e saber o que os outros acham de certo artista. Outra coisa legal é encontrar músicas que a gente gosta. E as rádios também são muito legais" - se entusiasma o estudante.

Além desse sistema de tags da rádio, o Last. fm indica músicas com base no perfil do usuário. Será que isso funciona? Lara comentou que tem 40% de chance de acerto. E explicou a precisão: " É porque tem muita coisa que bate, mas tem mais ainda que não. Então considero uns 40%".

Antes do Last.fm, existiu um projeto semelhante chamado Pandora. Era chamado de o Projeto Genoma da música. Ele foi proibido em diversos países devido a questões de direitos autorais. E será que vai acontecer o mesmo com o Last.fm?

Martin opina: "Não. Existem, ou pelo menos parecem existir, muitos cuidados com esse tipo de coisa. Eles respeitam os direitos autorais e procuram ter certeza de que os artistas e gravadoras concordam com a maneira como a música está sendo utilizada."

"Um Homem Célebre" de passagem pelo CCBB

Aline Malafaia

Com direção de Pedro Paulo Rangel, texto e composições de Wladimir Pinheiro, o conto
“Um homem célebre”, de Machado de Assis, foi transformado em um musical. A trama gira em torno do Maestro Pestana, Rodrigo Lima, um compositor obcecado por criar uma obra prima da música erudita, mas que tem mesmo talento para o popular, e compõe compulsivamente polcas que fazem sucesso entre o povo de toda a cidade. O Maestro vive toda sua vida tentando negar a habilidade que o envergonha e dividido entre o sublime e a vulgaridade.

A solução de cenário é bem simples: poucos móveis se deslocam mesmo em cena aberta, com a participação dos atores Esther Dias e Luiz Carlos Gomes, que fazem o papel de “contra-regras”, caracterizados como personagens e integrados às cenas. O palco também divide espaço com os músicos e instrumentos. Os detalhes do cenário ficam por conta da iluminação de Aurélio de Simoni.

Os figurinos de Rodrigo Cohen são um pouco mais detalhados e identificam bem os caricatos personagens da obra de um dos autores mais importantes da literatura brasileira. A viúva velha e fofoqueira, encenada por Suely Franco e a sinhazinha assanhada, por Júlia Rabelo, junto com o Criado Tenório, por Audri Anunciação, arrancam boas gargalhadas do público, que mesmo em uma quinta-feira, lotava a sala e aplaudia em cena aberta.

Enquanto o Maestro se descabela por não conseguir compor uma obra a altura de Chopin, o editor Lobato, Marcello Sader, que publica e enriquece com as polcas de Pestana, fica desesperado ao vê-lo buscar uma musa que lhe inspire uma nova arte. Outra viúva, a Maria, Laura Castro, entra em cena para concluir o elenco, e as confusões.


O CCBB fica na Rua Primeiro de Março, 66 – Centro. “Um homem Célebre” está em cartaz no Teatro I – De quarta a domingo, 19h30. Ingressos R$ 10. Meia para estudantes.


Retorne à página principal